22 de outubro de 2009

Para escrever



















Para escrever tem que ter...

Uma mão nervosa, uma língua prosa
um pensamento vulcão

tem que ter sonho, pesadelos
e palavra inspirada


Ver o que já foi escrito

no mundo, nas ruas e no olhar do amigo

tem, às vezes, de adormecer junto a um livro

e acordar por ele também


Ouvir os sons das melodias

e da mudez impregnada de fala

também gostar de estradas e caminhos

de viajar em páginas contadas

Para escrever, ser montanha e mar

ser correnteza

arder, nascer, morrer, perder

tem que acabar, e depois mexer


Ter saúde, ficar doente

um pouco insano, por que não?

tem que amar, ah, isso tem

o homem, o bicho, e o que mais há

Sentir-se assim
um pouco triste, um pouco alegre

nem saber dizer...

tem que gozar, se entregar


Só deixar ser, para escrever... Só viver!



(Sheila Chaves)

4 comentários:

Fernanda disse...

Não sei, corrija-me se eu estiver errada, Sheila, mas acho que meus olhos não viram tantas rimas como outrora. E isso é muito bom, tanto por mim, como bem mais por ti. Satisfeita? Eu ficaria. Adorei o poema! E concordo quando tu dizes que é bom ler o que pensam da escrita aqueles que escrevem. Declara-se um amor. (hoje estou assim, meio poética, hehehe).
Um beijão!

Wania disse...

Sheila

Para escrever é preciso fazer isso que tu fez... deixar as tuas palavars falarem!!!
E elas falaram bonito!!!!!



Adorei,

Bjão imenso par ti.

PS: amanhã vou viajar e não irei na Oficina, sentirei a falta de vocês! Bom trabalho!

Sheila C.S. disse...

É verdade, Nanda. Menos rimas... hehehe... Aos poucos, aos poucos... Obrigada pela visita, Wania!

Anônimo disse...

Oi Sheila,
Amei sei blog, amei seus poemas...que bom que não me enganei, sempre te vi assim, do jeitinho que é: inteligente, sensível, amiga, educada, enfim especial.

Fico feliz com sua felicidade.

Beijos da Beth ( mãe da Milena )