31 de maio de 2010

Bordas estreitas



O coração tem bordas estreitas
E, feito o mar, se mensura
Por um poderoso baixo contínuo
E monotonia azul

Até que um furacão o seccione
E, enquanto descobre
Seu insuficiente espaço,
Aprende em convulsões

Que a calmaria é tão-só muralha
De intocada gaze:
A pressão de um instante a destrói,
Um questionamento a esgarça.


Emily Dickinson - Tradução de Ivo Bender

2 comentários:

Unknown disse...

Oi Sheila, seja bem-vinda! E fique super a vontade pra usar minha frase uhauahuahua, afinal todas nós precisamos de amor!
Ah! Adorei seu blog, cheio de literatura (até americana!) boa... e com um toque particular, parabéns! Tbém vou passar pelo seu vezes sempre =P

Bjokas!

Sheila C.S. disse...

Obrigada pela visita, Isabel. Você também , bem-vinda!