Vivemos nossas vidas, fazemos nossas coisas, depois dormimos - é simples assim, comum assim. Alguns se atiram da janela, outros se afogam, tomam pílulas; muitos mais morrem em algum acidente; e a maioria de nós, a grande maioria, é devorada por alguma doença ou, quando temos muita sorte, pelo próprio tempo. Existe apenas isto como consolo: uma hora, em um momento ou outro, quando, apesar dos pesares todos, a vida parece explodir e nos dar tudo o que havíamos imaginado, ainda que qualquer um, exceto as crianças (e talvez até elas), saiba que a essa seguir-se-ão inevitavelmente muitas outras horas, bem mais penosas e difíceis. Mesmo assim, gostamos da cidade, da manhã, e torcemos, como não fazemos por nenhuma outra coisa, para que haja mais.
(Michael Cunningham - As Horas)
(Michael Cunningham - As Horas)
5 comentários:
Maravilhosooooooooooooooooo esse texto!!!!!!!!!!!!!
Um abração meu!!
Sim... Sim...!
E não seria o relógio uma roda-gigante?! As horas como cadeirinhas oscilantes.
É lindo esse trecho!!!
Sheilaa, tem um selinho no meu blog para ti :)
Beijuss, adoroo-te...hehe.
Sheila...
ja lesse no História de cro´nópios e famas do Cortazar o conto "Preambulo as Instruções para dar corda num relógio"...
é lindo demais...mesmo que altamente desconcertante!
abs
Oi Sheila!!
Estou na UCPEL. Foi um grande upgrade na minha vida, ainda que tenha me custado bastante em vários aspectos. :D
O que importa é que está valendo.. hehehe. :D
Bom ano novo pra ti!!! \o/
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