"... Desta necessidade visceral da escrita, nos explica Marguerite Duras: "Não se pode escrever sem a força do corpo. É preciso ser mais forte do que si mesmo para abordar a escrita... o escrito é o grito das feras noturnas, de todos, de você e eu, o grito dos cães... Ela ainda se acha como no primeiro dia. Selvagem... É a selvageria anterior à vida"... Isto nos remete à criação freudiana do conceito de pulsão como território-limite, limite de continentes, terra e mar, corpo e linguagem, volúpia da carne e volúpia da alma, e mais ainda, ao conceito de pulsão na sua vertente quantitativa, como força, (Drang) "Uma medida de exigência de trabalho que é imposta ao psíquico em conseqüência de sua ligação ao corporal" e, mais além, aos conceitos de pulsão de vida e pulsão de morte, pulsão ligada ao pólo representacional e pulsão desligada, energia livre, a eterna antinomia de Eros e Thanatos."
( Trecho de "Poesia, Psicanálise e Ato Criativo: Uma Travessia Poética (1)" - Artigo de Marília Brandão L. Moraes - Link: http://www.cbp.org.br/index.htm )
( Trecho de "Poesia, Psicanálise e Ato Criativo: Uma Travessia Poética (1)" - Artigo de Marília Brandão L. Moraes - Link: http://www.cbp.org.br/index.htm )
Um comentário:
A escrita como (quase) transcendência...
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