foto: Sheila Staudt
Agora
escrevo pássaros.
Não os vejo chegar, não escolho,
de
repente estão aí,
um bando de palavras
a
pousar
uma
por
uma
nos arames da página,
entre
chilreios e bicadas,
chuva de asas,
e eu sem pão para dar,
tão
somente deixo-os vir.
Talvez seja isto uma árvore,
ou
quem sabe,
o amor.
(Julio Cortázar - Poemas para Cris
tradução: Sidnei Schneider)
tradução: Sidnei Schneider)
3 comentários:
Que lindo! Celebremos as revoadas!
GK
Lindo, lembrou o Manoel de Barros.
M.
é realmente lindo este poema! ocupei boa parte de meu tempo a pensar sobre ele... e ainda.
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